sexta-feira, 8 de junho de 2012

Pesquisa diz que cigarro acelera processo de demência entre os homens

Entre as mulheres, cientistas não encontraram a mesma relação. Cada vez mais estudos associam o fumo a problemas no cérebro

Um estudo publicado nesta segunda-feira (6) mostra que o fumo acelera o processo de demência entre os homens. A demência é a perda de capacidade cognitiva no cérebro que acontece, por exemplo, no mal de Alzheimer. O artigo saiu na revista científica “Archives of General Psychiatry”, da Associação Médica Norte-americana.


Cada vez mais, o cigarro é reconhecido como um fator de risco para a redução de capacidade cognitiva nos idosos. Segundo os pesquisadores, 36 milhões de pessoas tinham demência em 2010, e o número de pacientes dobra a cada 20 anos.


 Nesta pesquisa, a equipe da Universidade College de Londres, na Inglaterra, percebeu a relação entre o fumo e a piora no funcionamento do cérebro apenas entre os homens. Os médicos ainda não sabem explicar porque isso acontece, e lembram que, em média, os homens consomem mais cigarros do que as mulheres.


O estudo se baseou em dados de uma ampla pesquisa britânica, que forneceu informações sobre mais de 7 mil participantes – 5.099 homens e 2.137 mulheres, com idade média de 56 anos. Dados sobre o fumo foram colhidos seis vezes ao longo de 25 anos, e os sobre a capacidade cognitiva foram medidos três vezes em dez anos.


Os pesquisadores concluíram que o fumo está associado à perda de capacidade do cérebro nos homens, e que essa perda foi ainda maior entre os que continuaram fumando durante os estudos. Os homens que largaram o cigarro até dez anos antes dos primeiros testes cognitivos também tiveram problemas do tipo. Nos ex-fumantes que pararam antes disso, não foram registradas consequências negativas no cérebro.

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